terça-feira, 20 de setembro de 2016

MENTALIDADE ERRADA: O SISTEMA DE PENSAMENTO DO EGO-Um Curso em Milagres




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A MENTALIDADE DO EGO
Grifos em Negrito;Mônica F De Jardin
Os dois sistemas de pensamento que são críticos para a compreensão de Um Curso em Milagres são a mentalidade errada e a mentalidade certa. Como eu disse  no post anterior, a mentalidade errada pode ser equiparada ao ego. A mentalidade certa pode ser equiparada ao sistema de pensamento do Espírito Santo, que é o perdão. O sistema de pensamento do ego não é muito feliz. O Curso torna muito claro que tanto o ego quanto o Espírito Santo são perfeitamente lógicos e consistentes em si mesmos. São também mutuamente exclusivos. Todavia, nos ajuda muito compreender exatamente o que é a lógica do ego, porque ele e muito lógico. Assim, uma vez que você perceba essa seqüência lógica, muitos pontos no texto, que de outra forma parecem obscuros, tornam-se bastante evidentes. Uma das dificuldades ao estudarmos Um Curso em Milagres é que ele não se parece com nenhum dos outros sistemas de pensamento. A maioria procede de uma forma linear na qual você começa com idéias simples e vai construindo em cima delas em direção a complexidade. O Curso não é assim. O sistema de pensamento do Curso é apresentado de um modo circular. Parece andar em círculos sempre em volta do mesmo ponto uma e outra vez. Vamos pensar na imagem de um poço: você vai andando em círculos em volta do poço indo cada vez mais para baixo até chegar ao fundo. E o fundo desse poço seria  a Fonte/Deus.
Mas você continua andando em volta do mesmo círculo. Acontece que ao seguir cada vez mais para baixo, você se aproxima da fundação do sistema do ego. Mas é sempre a mesma coisa. E é por isso que o texto diz a mesma coisa uma e outra vez. Como é quase impossível compreender isso da primeira vez, ou da centésima vez, você precisa das páginas. E um processo, e essa é uma das coisas que distinguem Um Curso em Milagres dos outros sistemas de espiritualidade. Apesar de ser apresentado como um sistema de pensamento bastante intelectualizado, é realmente um processo experimental. É escrito deliberadamente dessa forma, pois parte de um ponto de vista pedagógico e pretende nos fazer estudar de um modo diferente daquele que usaríamos para qualquer outro sistema, conduzindo-nos em volta desse poço. No processo de trabalhar com o material do Curso, e com o material das nossas vidas pessoais, nos compreenderemos cada vez mais o que o Curso nos diz. Contudo, eu acho que nos ajuda bastante abordar o sistema de pensamento do ego de um ponto de vista linear, para podermos compreender como ele é construído. Isso fará com que seja mais fácil lermos o texto.
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Pecado, culpa, e medo

Ha três idéias centrais para a compreensão do sistema de pensamento do ego. Esses são os fundamentos de todo o sistema: o pecado, a culpa, e o medo. Sempre que vocês virem a palavra ‘pecado’ no Curso, podem substituí-la pela palavra ‘separação’, porque as duas são a mesma. O pecado pelo qual nós nos sentimos mais culpados, que em última instância é a fonte de toda a nossa culpa, é o pecado de acreditarmos que estamos separados da Fonte/ Deus, o tópico que acabamos de descrever. Isso é em princípio a mesma coisa que as igrejas ensinaram como o ‘pecado original’. A descrição no terceiro capítulo do Gênesis nos dá um relato perfeito do nascimento do ego. De fato, o primeiro subtítulo do Capítulo no texto fala sobre isso (T-I. -). Assim o início do ego é acreditarmos que estamos separados da Fonte/Deus. O pecado é isso: acreditarmos que nos separamos de nosso Criador e constituirmos um ser que é separado do nosso Ser verdadeiro. O Ser é sinônimo de Cristo. Sempre que vocês virem a palavra ‘Ser’ com letra maiúscula, podem substituí-la por ‘Cristo’. Nós acreditamos que constituímos um ser (com ‘s’ minúsculo) que é a nossa verdadeira identidade e esse ser é autônomo com relação ao nosso Ser real e com relação a Deus. Esse é o começo de todos os problemas no mundo: acreditarmos que somos indivíduos separados da Fonte/ Deus.
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Uma vez que acreditamos que cometemos esse pecado, ou uma vez que acreditamos que cometemos qualquer pecado, é psicolgicamente inevitável nos sentirmos culpados por aquilo que acreditamos que fizemos. Em certo sentido, a culpa pode ser definida como a experiência de termos pecado. Assim, podemos básicamente usar pecado e culpa como sinônimos: uma vez que acreditamos que pecamos é impossível não acreditarmos que somos culpados, passando a sentir o que conhecemos como culpa. Quando Um Curso em Milagres fala sobre culpa, usa a palavra de modo um pouco diferente daquele no qual ela é usada geralmente, que quase sempre serve para conotar que eu me sinto culpado por aquilo que fiz ou deixei de fazer. A culpa está sempre ligada a coisas específicas do nosso passado. Mas essas experiências conscientes de culpa são apenas como o topo de um iceberg. Se vocês pensarem num iceberg, abaixo da superfície do mar está essa massa gigantesca que representaria o que é a culpa. A culpa é realmente a soma total de todas as crenças, experiências e sentimentos negativos que jamais tivemos sobre nós mesmos. Assim, a culpa pode ser qualquer forma de ódio ou rejeição de si mesmo; sentimentos de incompetência, fracasso, vazio, ou a sensação de que há coisas em nós que estão faltando, ou estão perdidas, ou são incompletas.

A maior parte dessa culpa é inconsciente; é por isso que a imagem de um iceberg é tão útil. A maior parte das experiências que nos indicariam o quanto nós nos sentirmos mal estão abaixo da superfície da nossa mente consciente, o que faz com que sejam virtualmente inacessíveis a nós. E a maior fonte de toda essa culpa é acreditarmos que pecamos contra a  Fonte/ Deus por nos separarmos d’Ele. Como resultado disso, vemos a nós mesmos separados de todas as outras pessoas e do nosso Ser. Uma vez que nos sentimos culpados é impossível não acreditarmos que seremos punidos pelas coisas terríveis que acreditamos ter feito e pelas coisas terríveis que acreditarmos ser. Como o Curso nos ensina, a culpa sempre exige punição. Uma vez que nos sentimos culpados, acreditaremos que temos que ser punidos pelos nossos pecados. Psicológicamente não há nenhuma forma de evitarmos esse passo. Então teremos medo. Todo medo, não importa qual pareça ser a sua causa no mundo, vem da crença de que eu devo ser punido pelo que fiz ou pelo que não fiz. E assim terei medo do que será essa punição. Por acreditarmos que o objeto último do nosso pecado é a Fonte/ Deus, contra o qual pecamos por nos separarmos d’Ele, acreditaremos então que será o próprio Deus que virá nos punir. Quando lemos a Bíblia e nos deparamos com todas aquelas passagens terríveis sobre a ira e a vingança de Deus, agora sabemos onde elas tiveram origem. Isso nada tem a ver com Deus como Ele é, já que Deus é apenas Amor. Todavia isso tem tudo a ver com as projeções da nossa culpa sobreEle.Metafóricamente, não foi Deus quem expulsou Adão e Eva do Jardim do Éden; Adão e Eva expulsaram a si mesmos do Jardim do Éden.
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O Curso nos fala dos quatro obstáculos para a paz, e o último obstáculo é o medo da Fonte/ Deus (T-IV-D). O que fizemos, e claro, por nos tornarmos amedrontados em relação a Deus, foi transformar o Deus do Amor em um Deus de medo: um Deus de ódio, punição e vingança. E justamente isso que o ego quer que façamos. Uma vez que nos sentimos culpados, pouco importa de onde acreditamos que venha essa culpa, também acreditarmos não apenas que somos culpados, mas que Deus nos vai atacar e matar. Assim, Deus, que é o nosso Pai cheio de amor é nosso único Amigo, vem a ser nosso inimigo. E Ele é um inimigo e tanto, nem sequer é preciso dizer. Mais uma vez, essa é a origem de todas as crenças que encontramos na Bíblia, ou em qualquer outro lugar, sobre Deus como um Pai que nos vai punir. Acreditar que Ele é assim é atribuir-Lhe as mesmas qualidades egóticas que nós temos. Como disse Voltaire: “Deus criou o homem a Sua própria imagem e depois o homem Lhe devolveu o cumprimento”. O Deus que nós criamos é realmente a imagem de nosso próprio ego. Ninguém pode existir nesse mundo com esse grau de medo e terror, e com essa intensidade de ódio e culpa contra si mesmo na sua mente consciente. Seria absolutamente impossível para nós vivermos com essa quantidade de ansiedade e terror, isso nos devastaria.

Portanto, tem que haver algum meio de lidarmos com isso. Como não podemos ir á Fonte/ Deus em busca de ajuda, já que dentro do sistema do ego nós transformamos Deus em um inimigo, O único outro recurso disponível é o próprio ego. Diálogo interior;-Nós vamos ao ego em busca de ajuda e dizemos: “Olhe, você tem que fazer alguma coisa, eu não posso tolerar toda essa ansiedade e todo o terror que sinto. Ajude-me!” O ego, fiel à sua forma, nos oferece uma ajuda que não nos ajuda absolutamente, embora pareça que sim. A ‘ajuda’ vem em duas formas básica;-. Negação e projeção -No Curso, ‘ego’ é usado básicamente com a mesma conotação que existe no Oriente. Em outras palavras, o ego é o ser com letra minúscula. Para Freud, o ego é apenas uma parte da psiquê, que consiste do id (o inconsciente), o superego (o consciente), e o ego, que é a parte da mente que integra tudo isso. O Curso usa a palavra ‘ego’ de formas que seriam básicamente equivalentes a psiquê total de Freud. Vocês simplesmente tem que fazer essa transição para trabalhar com o Curso. Incidentalmente, o único erro de Freud foi monumental; Ele não reconheceu que toda a psiquê era uma defesa contra o nosso verdadeiro Ser, a nossa verdadeira realidade. Freud tinha tanto medo da sua própria espiritualidade que ele teve que construir todo um sistema de pensamento que era virtualmente impregnável à ameaça do espírito. E ele, de fato, fez exatamente isso. Mas foi brilhante ao descrever como a psiquê ou o ego trabalham. O seu erro, mais uma vez, foi não reconhecer que a coisa toda era uma defesa contra á Fonte / Deus.
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Particularmente notáveis foram as contribuições de Freud na área dos mecanismos de defesa, ajudando-nos a compreender como nos defendemos contra toda a culpa e medo que sentimos. Quando vamos ao ego em busca de ajuda, abrimos um livro de Freud e achamos duas coisas que nos vão ajudar muito. A primeira é repressão ou negação. (O Curso nunca usa a palavra ‘repressão’; ele usa a palavra ‘negação’. Mas vocês podem usar uma ou outra.) O que fazermos com essa culpa, esse senso de pecado, e com todo esse terror que sentimos é fazer de conta que não existem.Nós apenas os empurramos para o fundo, fora da consciência, e esse empurrar para baixo é conhecido como repressão ou negação. Apenas negamos a sua existência para nós mesmos. Por exemplo, se estamos com muita preguiça de varrer o chão, varremos a sujeira para baixo do tapete e então fazemos de conta que não está ali; ou um avestruz que quando tem medo apenas enfia a cabeça na areia para não ter que lidar com o que o ameaça tanto, nem sequer se defrontar com isso. Bem, isso não funciona por razões óbvias. Se continuamente varremos a sujeira para baixo do tapete, ele vai ficar cheio de caroços e nós eventualmente vamos tropeçar, enquanto o avestruz pode se ferir muito continuando com a sua cabeça virada para baixo. Mas, em algum nível, sabemos que a nossa culpa está lá.

Assim, vamos ao ego mais uma vez para lhe dizer que “negar foi ótimo, mas você vai ter que fazer alguma outra coisa. Esse negócio vai subir e eu vou explodir. Por favor, ajude-me.” E aí o ego diz: “Eu tenho a coisa certa para você.” Ele nos diz para procurar na página tal e tal na Interpretação dos Sonhos de Freud e lá nos achamos o que se conhece como projeção. Provávelmente não há nenhuma idéia em Um Curso em Milagres que seja mais crítica para a nossa compreensão do que essa. Se vocês não compreenderem a projeção, não compreenderão única palavra no Curso, nem em termos de como o ego funciona, nem em termos de como o Espírito Santo vai desfazer o que o ego tem feito. Projeção muito simplesmente significa que você tira alguma coisa de dentro de si mesmo e diz que realmente isso não está aí; está fora de você, dentro de outra pessoa. A palavra em si literalmente significa jogar fora, atirar algo a partir de, ou em direção a alguma outra coisa ou pessoa, e isso é o que todos nós fazermos na projeção. Nós tomamos a culpa ou o pecado que acreditamos estar dentro de nós e dizemos: Isso não está realmente em mim, está em você. Eu não sou culpado, você é culpado. Eu não sou responsável por ser miserável e infeliz, você sim é culpado pela minha infelicidade. Do ponto de vista do ego, não importa quem seja o ‘você’. Para o ego, não importa em cima de quem você projeta, contanto que ache alguém para descarregar a sua culpa. E assim que o ego nos diz para nos livrarmos da culpa.
Assim, tomamos os nossos pecados e dizemos que eles não estão em nós, estão em você. Com isso colocamos uma distância entre nós mesmos e nossos pecados. Ninguém quer estar perto de seus próprios pecados, e assim nós os tiramos de dentro de nós e os colocamos em outra pessoa e depois banimos essa pessoa de nossa vida. Há duas formas básicas de fazermos isso. Uma é nos separarmos físicamente dela; a outra é nos separarmos psicológicamente. A separação psicológica é realmente a mais devastadora e também a mais sutil. O modo de nos separarmos de outras pessoas, uma vez tendo colocado nossos pecados sobre elas, é atacá-las ou ficar com raiva. Qualquer expressão da nossa raiva—seja na forma de um leve toque de aborrecimento ou fúria intensa (não faz nenhuma diferença; elas são a mesma [L-pI.: -J)— é sempre uma tentativa de justificar a projeção da nossa culpa, não importa qual pareça ser a causa da nossa raiva. Essa necessidade de projetar a nossa culpa é a raiz da causa de toda a raiva. Você não tem que concordar com o que as outras pessoas dizem ou fazem, mas no minuto em que experimenta uma reação pessoal de raiva, julgamento ou crítica, isso vem sempre porque você viu naquela pessoa alguma coisa que negou em Si mesmo.
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Em outras palavras, você está projetando o seu próprio pecado e culpa naquela pessoa e os ataca lá. Mas dessa vez, você não os está atacando em si mesmo, e sim naquela outra pessoa, que você quer tão longe quanto possível. O que você realmente quer fazer é conseguir que o seu pecado fique tão longe de si mesmo quanto possível.  Quando se tem essa compreensão é interessante entrar no Novo Testamento e ver como Jesus era contra isso. Ele abraçou todas as formas de sujeira que as pessoas tinham definido e viam como parte essencial de sua religião manterem-se separadas daquilo tudo. Ele fazia questão de abraçar os elementos sociais identificados pela lei judaica como proscritos, como se estivesse dizendo:“Você não pode projetar a sua culpa nas outras pessoas. Você tem que identificá-la em si mesmo e curá-la onde ela está.” E por isso que Os evangelhos dizem coisas tais como você deve limpar o interior do seu copo e não o exterior; não se preocupe com o argueiro no olho do seu irmão, preocupe-se com a trave no seu; não é o que entra no homem que faz com que ele não seja limpo, mas o que vem de seu interior. O sentido disso e exatamente o mesmo encontrado no Curso: a fonte do nosso pecado não esta fora, mas dentro. Mas a projeção busca fazer com que vejamos nossos pecados fora de nós, procurando então resolver o problema do lado de fora de modo que nunca possamos perceber que o problema esta dentro da gente. Quando vamos ao ego em busca de ajuda e dizemos: “Ajude-me a me livrar da minha culpa,” o ego diz: “Está bem, o meio de você se livrar da sua culpa é em primeiro lugar reprimi-la, depois projetá-la para outras pessoas. E assim que você se livra da sua culpa.”

O que o ego não nos diz é que projetar a culpa é um ataque e é a melhor maneira de conservarmos a culpa. O ego não é nenhum tolo: ele quer que continuemos culpados. Um Curso em Milagres nos fala da “atração da culpa” (T-IV-A. -). O ego é muito atraído pela culpa, e os seus motivos são óbvios uma vez que você se lembre do que ele é. A explicação racional do ego para os seus conselhos de negação e projeção é a seguinte: o ego não é nada mais do que uma crença, a crença segundo a qual a separação é real. O ego é o falso ser que aparentemente passou a existir quando nós nos separamos de Deus. Portanto, enquanto acreditarmos que a separação é real, o ego continua em cena.
Uma vez que acreditarmos que não há nenhuma separação, então o ego está terminado. Como nos diz o Curso, o ego e o mundo que ele fez desaparecem no nada de onde ele veio (M-l:). O ego não é nada realmente. Enquanto acreditarmos que aquele pecado original ocorreu, que o pecado da separação é real, estamos dizendo que o ego é real. É a culpa que nos ensina que o pecado é real. Qualquer sentimento de culpa é sempre uma declaração que diz: “Eu pequei”. E o significado último do pecado é que eu me separei da Fonte/ Deus. Portanto, enquanto eu acreditar que o meu pecado é real, sou culpado. Quer eu veja o meu pecado em mim ou em outra pessoa, estou dizendo que o pecado é real, e que o ego é real. O ego, portanto, tem interesse em nos manter culpados. Sempre que o ego seja confrontado com a impecabilidade, ele vai atacá-la, pois o maior pecado contra o sistema de pensamento do ego é ser sem culpa. Se você é sem culpa, você também é sem pecado, e se você é impecável, não há ego. Há uma frase no texto que diz: “Para o ego, os que não tem culpa são culpados” (T-II.:), porque ser sem culpa é pecar contra o mandamento do ego: “Tu serás culpado”.
Se você não tem culpa, você então passa a ser culpado por não ter culpa.  Assim sendo, o propósito fundamental do ego é manter-nos culpados. Mas ele não nos pode dizer isso porque, se o fizer, não vamos prestar nenhuma atenção a ele então ele nos diz que se seguirmos o que ele nos aconselha, ficaremos livres da nossa culpa. E o modo de conseguirmos isso, mais uma vez, é negar a sua presença em nós, vê-la em alguma outra pessoa e depois atacar essa pessoa. Assim ficaremos livres da nossa culpa. Mas, o que ele não nos diz é que atacar é o melhor meio de nos manter culpados. Isso é verdade porque, como declara um outro axioma psicológico, sempre que você ataca uma pessoa qualquer, seja na sua mente ou de fato, você se sentirá culpado. Não há forma alguma de ferir qualquer um, seja em pensamento ou atos, que não acarrete sentimentos de culpa. Você pode não experimentar a culpa—por exemplo, psicopatas não experimentam a própria culpa—mas isso não significa que em um nível mais profundo não se sintam culpados. Nesse ponto, o que o ego faz, e de modo muito astuto, é estabelecer um ciclo de culpa e ataque através do qual quanto mais culpados nos sentimos, maior será a nossa necessidade de negar a culpa em nós mesmos atacando uma outra pessoa por isso. Contudo, quanto mais atacamos um outro, maior será a nossa culpa pelo que fizemos, pois em algum nível reconhecemos que atacarmos aquela pessoa falsamente. Isso só nos fará sentir culpa e manterá a coisa toda indefinidamente.É esse ciclo de culpa e ataque que faz o mundo girar, não é o amor. Se alguém lhe diz que o amor faz o mundo girar, esse alguém não sabe grande coisa sobre o ego. O amor é do mundo de Deus e é possível refletir esse amor neste mundo. Todavia, neste mundo o amor não tem lugar. O que tem lugar é culpa e ataque, e é essa a dinâmica que está tão presente em nossas vidas, seja a nível individual, ou seja a nível coletivo
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Excerto do livro texto-capítulo 3

Além da percepção
1. Tenho dito que as capacidades que possuis são apenas sombras da tua força real e que a percepção – que é inerentemente julgadora – só foi introduzida depois da separação. Ninguém tem estado seguro de nada desde então. Também fiz com que ficasse claro que a ressurreição foi o meio para o regresso ao conhecimento, realizado pela união da minha vontade com a do meu Pai. Podemos agora estabelecer uma distinção que esclarecerá algumas das nossas declarações subsequentes.
2. Desde a separação, as palavras «criar» e «fazer» passaram a ser confusas. Quando fazes alguma coisa fazes a partir de um sentimento especifico de falta ou de necessidade. Qualquer coisa feita para um propósito específico não tem nenhuma generalizabilidade verdadeira. Quando fazes alguma coisa para preencher uma falta percebida, estás a demonstrar tacitamente que acreditas na separação. O ego inventou muitos sistemas de pensamento engenhosos com este propósito. Nenhum deles é criativo. A inventividade é um esforço desperdiçado mesmo na sua forma mais engenhosa. A natureza altamente específica da invenção não é digna da criatividade abstrata das criações de Deus.
3. «Conhecer», como já observamos não conduz ao «fazer». A confusão entre a tua criação real e o que tens feito de ti mesmo é tão profunda que passou a ser literalmente impossível para ti conhecer qualquer coisa. O conhecimento é sempre estável e é bastante evidente que tu não és. No entanto, és perfeitamente estável tal como a Fonte/ Deus te criou. Neste sentido, quando o teu comportamento é instável, estás  distorcendo a idéia de Deus com respeito à tua criação. Tu podes fazer isto, se assim escolheres, mas dificilmente quererás fazê-lo se estiveres na tua mente certa.
4. A questão fundamental que te perguntas contínuamente não pode, de maneira nenhuma, ser dirigida a ti mesmo de forma adequada. Continuas a perguntar o que és. Isto significa que a resposta, não só é uma resposta que conheces, mas também que depende de ti supri-la. Entretanto, não podes entender-te a ti mesmo corretamente. Não tens nenhuma imagem para ser percebida. A palavra «imagem» está sempre relacionada com a percepção e não é uma parte do conhecimento. Imagens são simbólicas e representam alguma coisa. A idéia de «mudar a tua imagem» reconhece o poder da percepção, mas também significa que não há nada estável para conhecer.
5. Conhecer não está aberto à interpretação. Podes tentar «interpretar» o significado, mas isso é sempre passível de erro, porque se refere à percepção do significado. Tais incongruências são o resultado das tentativas de te considerares a ti mesmo como separado e não separado, ao mesmo tempo. É impossível fazer uma confusão tão fundamental sem aumentar ainda mais a tua confusão geral. A tua mente pode ter passado a ser muito engenhosa, mas como sempre acontece quando método e conteúdo estão separados, a mente é usada para fazer uma tentativa fútil de escapar de um impasse inescapável. A engenhosidade é totalmente divorciada do conhecimento, porque o conhecimento não requer engenhosidade. O pensamento engenhoso não é a verdade que te libertará, mas tu estás livre da necessidade de te comprometeres com o pensamento engenhoso quando estás disposto a abandoná-lo.
6. A oração é um modo de pedir alguma coisa. É o veículo dos milagres. Mas a única oração significativa é a que perde o perdão, porque aqueles que foram perdoados têm tudo. Uma vez que o perdão tenha sido aceito, a oração, no sentido usual, passa a não ter qualquer significado. A oração pelo perdão não é mais do que um pedido para que possas ser capaz de reconhecer o que já possuis. Ao elegeres a percepção no lugar do conhecimento colocaste-te numa posição na qual só poderias parecer-te com o teu Pai percebendo milagrosamente. Perdeste o conhecimento de que tu, em ti mesmo, és um milagre de Deus. A criação é a tua Fonte e a tua única função real.
7. A declaração «Deus criou o Homem à sua imagem e semelhança» necessita de reinterpretação. «Imagem» pode ser compreendida como «pensamento» e «semelhança» como «de qualidade semelhante». Deus, efetivamente, criou o espírito no Seu próprio Pensamento com uma qualidade semelhante à Sua própria. Não há mais nada. A percepção, por outro lado, é impossível sem uma percepção em «mais» e «menos». Em todos os níveis envolve seletividade. A percepção é um processo contínuo de aceitar e rejeitar, organizar e reorganizar, deslocar e mudar. A avaliação é uma parte essencial da percepção porque os julgamentos são necessários para a seleção.
8. O que acontece às percepções se não existirem julgamentos, nem nada além da perfeita igualdade? A percepção passa a ser impossível. A verdade só pode ser conhecida. Toda a verdade é igualmente verdadeira e conhecer qualquer uma das suas partes é conhecer toda a verdade. Só a percepção envolve a consciência parcial. O conhecimento transcende as leis que governam a percepção porque um conhecimento parcial é impossível. É totalmente uno e não tem partes separadas. Tu, que realmente és um com ele, não precisas senão conhecer-te a ti mesmo para que o teu conhecimento esteja completo. Conhecer o milagre de Deus é conhecê-Lo.
9. O perdão é a cura da percepção da separação. A percepção correta do teu irmão é necessária porque as mentes escolheram ver-se a si mesmas como separadas. O espírito conhece Deus de forma completa. Esse é o seu poder milagroso. O fato de que cada um tem esse poder de forma completa é uma condição inteiramente alheia ao pensamento do mundo. O mundo acredita que se alguém tem tudo, não sobra nada. Mas os milagres de Deus são tão totais como os Seus pensamentos, porque são os seus Pensamentos.
10. Enquanto durar a percepção há lugar à oração. Uma vez que a percepção se baseia na falta, aqueles que percebem não aceitaram totalmente a Expiação, nem se entregaram à verdade. A percepção baseia-se num estado separado, de modo que qualquer pessoa que perceba seja o que for, necessita de cura. A comunhão, não a oração, é o estado natural daqueles que conhecem. Deus e o Seu milagre são inseparáveis. Como são belos, de fato, os Pensamentos de Deus que vivem à Sua luz! O teu valor está além da percepção, porque está além da dúvida. Não te percebas a ti mesmo sob luzes diferentes.Conhece-te a ti mesmo na Luz Una onde o milagre que tu és está perfeitamente claro.


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Lição 004 – “Estes pensamentos não significam nada. São como as coisas que eu vejo neste quarto [nesta rua, desta janela, neste lugar].”


1. Distintos dos anteriores, estes exercícios não começam com a idéia para o dia. Nestes períodos de prática, começa notando os pensamentos que estão cruzando a tua mente durante mais ou menos um minuto. Em seguida, aplica a idéia a eles. Se já estiveres ciente de pensamentos infelizes, usa-os como sujeitos para a idéia. Todavia, não seleciones apenas os pensamentos que pensas que são “maus”. Acharás, treinando-te a olhar para os teus pensamentos, que representam uma tal mistura que, de certa forma, nenhum deles pode ser chamado de “bom” ou “mau”. É por isso que não significam nada.
2. Ao selecionares os sujeitos para a aplicação da idéia de hoje, a especificidade usual é requerida. Não tenhas medo de usar tanto os pensamentos “bons” quanto os “maus”. Nenhum deles representa os teus pensamentos reais, que estão sendo cobertos por eles. Os “bons” são apenas sombras daquilo que está além, e sombras fazem com que seja difícil ver. Os “maus” são bloqueios para a vista e fazem com que seja impossível ver. Não queres nenhum dos dois.
3. Este é um dos exercícios principais e será repetido de vez em quando de forma um pouco diferente. O objetivo aqui é o de treinar-te nos primeiros passos em direção à meta de separar o que é sem significado daquilo que é significativo. É uma primeira tentativa no propósito de longo alcance de aprenderes a ver o sem significado como estando fora de ti e o significativo dentro de ti. Também é o começo do treinamento da tua mente para reconhecer o que é o mesmo e o que é diferente.
4. Ao usares os teus pensamentos para a aplicação da idéia para o dia de hoje, identifica cada pensamento pela figura central ou evento que ele contém, por exemplo:
Este pensamento sobre ______ não significa nada. É como as coisas que vejo neste quarto [nesta rua, e assim por diante].
5. Também podes usar a idéia para algum pensamento em particular que reconheças como danoso. Essa prática é útil, mas não é um substituto para os procedimentos mais casuais que devem ser seguidos para os exercícios. Contudo, não examines a tua mente por mais de um minuto aproximado. Ainda és por demais inexperiente para evitar uma tendência a preocupar-te de forma inútil.
6. Além disso, como estes exercícios são os primeiros desse tipo, podes achar a suspensão de julgamento em conexão com os pensamentos particularmente difícil. Não repitas estes exercícios mais de três ou quatro vezes durante o dia. Nós voltaremos a eles mais tarde.
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Divulgação: A Luz é Invencível

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